"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."
Dá-me lírios, lírios, E rosas também. Mas se não tens lírios Nem rosas a dar-me, Tem vontade ao menos De me dar os lírios E também as rosas. Basta-me a vontade, Que tens, se a tiveres, De me dar os lírios E as rosas também, E terei os lírios - Os melhores lírios - E as melhores rosas Sem receber nada, a não ser a prenda Da tua vontade De me dares lírios E rosas também.
Homenageio Justine pela doçura da nova amizade que chega, meio virtual, meio astral...
Homenageio o amor sempre presente, o cheiro do ralo presente, a sinceridade quase presente, porque ainda chegará o dia que alguém me aguentará.
"Ah, Deus, não existe uma alegria maior do que o instante em que adentro um novo amor, não existe um êxtase como o de um novo amor. Flutuo nas alturas; meu corpo se enche de flores, flores com dedos que me fazem carícias intensas, intensas, faíscas, jóias, arrepios de alegria, vertigem, muita vertigem. Música dentro de mim, embriaguez. Apenas fechar os olhos e recordar, e a fome, a fome de mais, mais, a grande fome, a fome voraz e a sede."