terça-feira, 15 de junho de 2010

Do dia-mente para o diário do Balacobaco

Supostamente afetada.
Supostamente algo me grita, me borbulha a alma, me polvilha a cara.
Quantas teorias! Quanta contradição!
Implicam tanto, mas não se aplicam.
Não aplicam o aplique.
Não aplicam a teoria.
Não aplicam a vida.
Eu vou explodir a caixa de Pandora,
Tomar um Pondera,
Ponderar as ideias,
Ponderar o imponderável.
Tornar-me quem sou,
Um Pandora!
Um trágica criatura de canto solitário.
Só tenho a mim.
Sou minha maior inimiga, a mais cruel.
Eu crio os monstros.
Eles me matam todos os dias.
Me alimentam, me irradiam
Me torcem, me enterram
Me elevam e me envolvem.
Quem sou eu, senão esse ser tosco, fútil?
Que morre de amores inventados,
Que vive de paixões pré-falidas, saprófagas.
Que não acredita nas palavras, mas nos olhos
Na pupila que dilata, na amplitude dos movimentos
No nariz que mostra que respira com maior ou menor intensidade.
Leio você!
Leio seus gestos, suas mentiras
Sua falta de tato
Seus olhos petrificados a pensar no latilabro amado.
Contato com tato, meu amor.
Tenha tato no trato.
Não me revele você!
Sofra só, se exploda!
Dane-se com suas alegrias.
Não me mace para que eu não te asse
E te coma de uma vez só.
Initerpretável!
Você não é você
E eu não sou sou.
Estou supostamente alguma coisa.

Maria Sardônica

2 comentários:

  1. "Quando nasci, nasci nu
    ignaro da colocação correta dos dois pontos,
    do ponto e da vírgula, e principalmente das reticências (como toda gente, aliás...)"


    Tá cansada, senta
    Se acredita, tenta
    Se tá frio, esquenta
    Se tá fora, entra
    Se pediu, agüenta
    Se pediu, agüenta...

    Se sujou, cai fora
    Se dá pé, namora
    Tá doendo, chora
    Tá caindo, escora
    Não tá bom, melhora
    Não tá bom, melhora...

    Se aperta, grite
    Se tá chato, agite
    Se não tem, credite
    Se foi falta, apite
    Se não é, imite...

    Se é do mato, amanse
    Trabalhou, descanse
    Se tem festa, dance
    Se tá longe, alcance
    Use sua chance
    Use sua chance...

    Se tá puto, quebre
    Ta feliz, requebre
    Se venceu, celebre
    Se tá velho, alquebre
    Corra atrás da lebre
    Corra atrás da lebre...

    Se perdeu, procure
    Se é seu, segure
    Se tá mal, se cure
    Se é verdade, jure
    Quer saber, apure
    Quer saber, apure...

    Se sobrou, congele
    Se não vai, cancele
    Se é inocente, apele
    Escravo, se rebele
    Nunca se atropele...

    Se escreveu, remeta
    Engrossou, se meta
    E quer dever, prometa
    Prá moldar, derreta
    Não se submeta
    Não se submeta...

    *ea..

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  2. Tá cansada, senta
    Se acredita, tenta
    Se tá frio, esquenta
    Se tá fora, entra
    Se pediu, agüenta
    Se pediu, agüenta...

    Se sujou, cai fora
    Se dá pé, namora
    Tá doendo, chora
    Tá caindo, escora
    Não tá bom, melhora
    Não tá bom, melhora...

    Se aperta, grite
    Se tá chato, agite
    Se não tem, credite
    Se foi falta, apite
    Se não é, imite...

    Se é do mato, amanse
    Trabalhou, descanse
    Se tem festa, dance
    Se tá longe, alcance
    Use sua chance
    Use sua chance...

    Se tá puto, quebre
    Ta feliz, requebre
    Se venceu, celebre
    Se tá velho, alquebre
    Corra atrás da lebre
    Corra atrás da lebre...

    Se perdeu, procure
    Se é seu, segure
    Se tá mal, se cure
    Se é verdade, jure
    Quer saber, apure
    Quer saber, apure...

    Se sobrou, congele
    Se não vai, cancele
    Se é inocente, apele
    Escravo, se rebele
    Nunca se atropele...

    Se escreveu, remeta
    Engrossou, se meta
    E quer dever, prometa
    Prá moldar, derreta
    Não se submeta
    Não se submeta...

    Um beijo rosa flor

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